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Duarte Vitória

O abismo cá dentro - sobre o trabalho de Duarte Vitória
As figuras de Duarte Vitória estão invariavelmente acossadas. Intensas, manifestam uma ferocidade, por vezes também agredida, que nos cria a impressão de observar jaulas humanas, espaços de constranger movimentos. De algum modo, as figuras que vemos ameaçam-nos, como se pudessem ser atiçadas sobre nós iguais a bichos famintos. As telas, que de facto são jaulas, proporcionam-nos a segurança possível para o espectáculo, algo da dimensão da bizarria, como um circo humano de uma tremenda força exposto numa perigosa brancura que apenas serve para sublinhar a suspeita do sangue, a sua velocidade urgente, o acentuado do fôlego.


A arte de Duarte Vitória é um estudo do extremo da fisicalidade. Interessa-se pelo quase aberrante do gesto, à procura, como um coreógrafo exigente, de um movimento inusitado ou menos perceptível na nossa leitura quotidiana. Não que precise de atletas para a performance das suas composições, muito ao contrário, o extremo da fisicalidade acontece como condição universal, aquilo que sem nos darmos conta se instala, exactamente como a angústia que nos acossa ou a ferocidade. Somos todos animais capazes do descontrolo ou do abandono. Diria que as figuras deste artista, capturadas na imagem mais do que simplesmente retratadas, sucumbem à natureza. Afinal, no zoológico humano, as condutas não se mascaram, tornam-se genuínas.


O efeito inevitável deste trabalho é de uma sensualidade incrível, quero dizer, uma sensualidade que pertence ao corpo mesmo quando este se tem perplexo, confuso, sujo, quase desconhecido.
O corpo é exposto na sua plenitude. Creio que essa é uma das características mais prementes da arte de Duarte Vitória, o corpo explorado num sentido de plenitude. Por isso nos parece tão urgente. Um corpo urgente, sem filtros, espremido de encontro à tela como se quase nos tangesse, a nós, que usamos os olhos como capazes de tacto na brilhante sugestão de presença criada. (…)

Ao ver os quadros de Duarte Vitória, no profundo significado do que vemos, devemos colocar um relâmpago. Um estilhaço gigante de luz que se acenda no interior do corpo a transparecer fugazmente. Afinal, para visão breve do abismo cá dentro. A única arte é sempre um caminho em profundidade.

 

                                                                                                   Valter Hugo Mãe 

 

The abyss within – on Duarte Vitória’s work

Duarte Vitória’s figures are invariably badgered. Deeply intense, they manifest a ferociousness – also badgered – which gives us the impression of standing before human cages, spaces for the constraint of movement.  In a way, the figures we behold threaten us, as if they could be enticed against us in the likes of famished beasts. The canvases – cages indeed – provide us with some measure of security during the spectacle, something within the scope of the bizarre, a human circus of tremendous force exposed in a dangerous pallor which underlines the suspicion of blood, its urgent velocity, the accentuation of breath.

 Duarte Vitória’s creations are a study on the extremes in physicality. They approach the near abnormality of gesture, searching, as the demanding choreographer, for the unforeseen or least perceptible movement in our daily reading. He does not prey on athletes to better the performance of his compositions; on the contrary, the extreme in physicality occurs as a universal condition, everything that is, unbeknownst to us, like the anguish and ferociousness which badger us. We are all beasts, capable of imbalance or abandonment. I dare say the images created by this artist – more captured than portrayed – succumb to nature. After all, in this human zoo, conduct cannot be masked: it becomes genuine.

The inevitable effect of his work is filled with unbelievable sensuality – I mean particularly the kind of sensuality inherent to the body, even if perplexed, confused, dirty and almost oblivious to itself.

The body is exposed in all its glory. I believe this is one of the strongest traits in the art of Duarte Vitória – the body explored in its wholeness. This is why it comes to us in such an urgency. An urgent body, without filters, squeezed against the canvas, as if strumming us to use our eyes’ ability to touch, before the brilliant suggestion of palpable existence. (…)

When beholding Duarte Vitória’s paintings, in the entirety of what we see, we must seize a lightning bolt. A giant shard of light ignited from within our body, shining through ever so fleetingly. A brief insight to the abyss within. The only art is always a path towards the deep.

                                                                                                   Valter Hugo Mãe

 

Currículo

Curriculum Duarte Vitória

Nasceu em Portugal em 1973
Vive e trabalha no Porto, Portugal

FORMAÇÃO:                                                                          

1996 Bacharelato Curso de Desenho, Esap, Porto;
2001
Bacharelato Curso de Pintura, Esap, Porto;
2003
Licenciatura Curso de Artes Plásticas – Pintura, Esap, Porto.

 

Exposições na galeria Arte Periférica:
Exposições Individuais

2016   Insurrection, Galeria Arte Periférica, Lisboa, Portugal;

2015     The Chemistry, Walnut Gallery, Toronto, Canada;

2014    Revolution, Witzenhausen Gallery, Amesterdão, Holanda;

2013    Masks, Witzenhausen Gallery, Chelsea, Nova Iorque, EUA;

2012    Solo, Witzenhausen Gallery, Amesterdão, Holanda;

2011    Hands Touch, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;

 

2009    Senses & Attitudes, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;

2008    Tell me a story…, Pedro Remy - Espaço Cultural, Braga;

2007    Souls, Comissão Europeia, Bruxelas, Bélgica;
            Polarity, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;
            Souls, Orfeu, Bruxelas, Bélgica;

2006    Transmutation, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;

2005    Introspecting…, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2004     Contacto, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;
              in “Ciclo de Expressões Artísticas”, Penafiel.

                                                                                    

Exposições Colectivas

2016    The D Group Show, Mayfair, Grafton street , London, United Kingdom;

2015    Recall Group Show, Walnut gallery, Toronto, Canada;

2014   10 registos na figuração contemporânea, Fundação José Rodrigues, Porto, Portugal

Quarta Rassegna di Arte Contemporânea, Treviso, Itália

Festival IN, Lisboa, Portugal

Scope Basel 2014, Witzenhausen gallery, Suiça;

Kunstrai 2014, Amsterdam, Witzenhausen gallery, Holanda;

 Arte Lisboa 2014, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2013     Art Copenhaga 2013 Witzenhausen gallery, Copenhaga, Dinamarca;

            Scope New York 2013, Witzenhausen gallery, Nova Iorque, EUA;

2012     Context, Art Miami 2012, Witzenhausen gallery, Miami, EUA;

   PAN Amsterdam 2012, Witzenhausen Gallery, Amesterdão, Holanda;

             Just Madrid 2012, Galeria Nuno Sacramento, Madrid, Espanha;                                                                           

             Encontros passiveis, Galeria João Pedro Rodrigues, Porto;

2011     Arte Móvel 2011, Galeria João Pedro Rodrigues, Porto;

           Arte Lisboa 2011, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

              Oiã começa por O, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

              Treze Artistas, Treze Desenhos, Galeria João Pedro Rodrigues, Porto;

 

2010      Arte Lisboa 2010, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;

              In Transit, Academia das Artes dos Açores, Ponta Delgada – São Miguel, Açores;

              Golden Ages, Museu do Vinho, Anadia;

              Pigments and Rocks, Galeria A Previdência Portuguesa, Coimbra;

 

2009      Arte Lisboa 2009, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;
              Arte Lisboa 2009, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2009     A Arte Não Se Mede Aos Palmos, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2008     Arte Lisboa 2008, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;
              Arte Lisboa 2008, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;
              Exposição Colectiva, Galeria Solar das Artes de Stº. António, Porto;
              Feet to Feet, Galeria Por Amor à Arte, Porto;
              Representado na 1ª Bienal Internacional do Montijo 2008, como artista convidado.
              Novos ao 8º Mês, Galeria Pedro Serrenho, Lisboa;
              Sua Majestade, o Rei!, Museu do Vinho Bairrada, Anadia / Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;  

2007     Colectiva de Natal, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2006     1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Aveiro, Aveiro;
              16, Galeria LM, Sintra;
              Se eu te desse uma cor, tu davas-me um desenho”, Galeria Fuga Pela Escada, Guimarães;
              Colectiva, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;

2005     Market III, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;
              Today & After Tomorrow, Galeria Nuno Sacramento, Aveiro;
              5 Paisagens vistas de uma janela”, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;
              Prémio de Artes Plásticas – Henrique Silva”, Paredes;
              3ª Bienal de Pintura “Arte Jovem de Penafiel”, Penafiel;

2004     Market II, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;
              Rotararte, Vila Nova de Gaia;
              1º Encontro Artístico, Celorico de Basto;

2003     Market I, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães;
              11º Encontro d’ Artes, Paredes;
              Prémio de Artes Plásticas – Henrique Silva, Paredes;

2002     CESAP 20 Anos, Mercado Ferreira Borges, Porto;
              2ª Bienal de Pintura “Arte Jovem de Penafiel”, Penafiel;
              Entre o jogo o artifício da persona, Fórum da Maia;

1997     Grande Exposição da Primavera, Casino do Estoril.

Prémios e Distinções

3º Prémio, “1º Encontro Artístico”, Celorico de Basto (2004);

1º Prémio, “Prémio de Artes Plásticas – Henrique Silva”, Paredes (2005).

 

Bibliografia

.Silva, Henrique (2005), «Cultura e Des-cultura», Duarte Vitória (1st prize and cover) in Henrique Silva Prize 2004, Paredes, Portugal, Casa da Cultura de Paredes.

.Hugo Mãe, Valter (2005), «The place dying, to confer in Duarte Vitória´s work», Duarte Vitória in «Introspecting», Aveiro, Portugal, Nuno Sacramento Gallery

.Ferreira, José Luís (2005) «Today after Tomorrow», Duarte Vitória in «Today after Tomorrow», Aveiro, Portugal, Nuno Sacramento Gallery

.Hugo Mãe, Valter (2007),  «The complementary pole, about Duarte Vitória´s work», Duarte Vitória in «Polarity», Aveiro, Portugal, Nuno Sacramento Gallery

.Vitória, Duarte (2008) Images and Cover in Diário de Notícias

.Hugo Mãe, Valter (2010) «Cinco Castas», Duarte Vitória in «Golden Ages», Anadia, Portugal, Wine Museum.

.Direct Arts (2010) Duarte Vitória, Images, Article and Cover in Direct Arts

.Art Miami/ Context Catalogue 23rd Edition (2012), Duarte Vitória, Image

.Matos, Miguel (2013), «A Palette of flesh and blood», Article, Images and Cover in Direct Arts International

.LaCharca , nº2 Mayo (2014), Duarte Vitória, Biography and image.

.Castro, Laura (2014) «Figurativos e políticos »,Duarte Vitoria in« 10 registos na figuração contemporânea», Fundação José Rodrigues, Porto, Portugal

.Psikeart, mobbing (2014) Duarte Vitória, images, Article, Turkish.

.Vision 148 (2014), «Extreme Flesh» Duarte Vitória, images, Article, Chinese.

.Psikeart, sir(2015) Duarte Vitória, images, Article, Turkish.

.Hugo Mãe, Valter (2015), «O abismo cá dentro, sobre o trabalho de Duarte Vitória », Duarte Vitória in «The Chemistry», Toronto, Canada, Walnut Gallery.

.Hugo Mãe, Valter (2015), «Contos de cães e maus lobos » Porto editora, Duarte Vitória image, Portugal,

.Winter Tangerine Review V5, New York  (2016) Duarte Vitória, images, USA.

 

Colecções

Está representado em diversas colecções particulares em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente na Colecção Alcatel – Lucent - Portugal.

 

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